segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Buscando uma compreensão!


Se é que esse negócio de auto-definição existe, me encontro refletindo sobre qual definição de mim mesmo seria a mais conveniente, isso porque as pessoas - ou grande maioria delas - não dizem o que de fato é a verdade, mas sim qual verdade é a mais conveniente de se ouvir a cada momento. Como a verdade é mutável se aplicada a humanidade, só temos a certeza da veracidade nos numeros e fatos. mas os fatos são sempre disformes a cerca de quem os vê. e os números sempre precisam ser reanalisados com maestria. A tempos, uma característica de minha namorada me chamava atenção: a indecisão.
A indecisão é o paradoxo vulgar da humanidade. Quando temos uma opção, podemos decidir entre duas ou mais coisas, quando só temos uma opção ainda temos duas, pois podemos concordar ou não com o que nos é apresentado. decidir requer uma reflexão, ainda que pequena, coesa sobre aquilo que queremos. mas não decidir, pelo ato de demorar mais que o necessário para isso é pior ainda. Essa característica que me chamou atenção nela, me fez refletir e não concluir, não por não conseguir chegar ao fim da linha de raciocinio, mas seria mais saudável evitar o fim desta linha, por medo do que posso achar nela. O pensamento escraviza o homem, tolo quem disse que o liberta; a emancipação do homem não vem de quanto mais ele pensa e produz, e sim de quando os pensamentos dele não os deixam indecisos. Foi por pensar demais que o homem revolucionou o mundo com a agricultura, a escrita, as belas artes, a força de trabalho, a mano/maquino-fatura, e seus sistemas economicos, por isso eu decidi usar todo meu pensamento para não pensar em mais nada. porque cada vez que eu observo o mundo tenho mais vontade de fechar os olhos. e tapar os meus ouvidos.
Bom, voltando ao sentido do texto, eu posso me resumir como um cara complexo buscando a simplicidade das coisas. básicamente um cidadão analógico em um mundo digital. Vesti uma armadura que beira a vilania, e ainda assim tomo o cuidado de não ser vilão, pois esse foi o meu poder de decisão. Já me chamaram de autista, anti-social, indiferente, convencido, disseram que eu me achava (a ultima coca-cola no deserto), eu simplismente ouvi, e ri. O que se há de fazer?! Enfim, o fato é que minha seriedade é muita pra pouco corpo. mas eu tenho os meus momentos divertidos, assim como todas as pessoas.