quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Um pouco da sinceridade Costumeira


Me peguei hoje ouvindo um pouco da sinceridade costumeira da qual estou habituado a transcrever. Senti nos acordes a promessa de dias melhores. Pra esquecer a dor que os meus olhos deixam fluir, já que são incapazes de verter as lágrimas. Mas o tempo ruim já passou, não vou permitir mais que o amor que poderia chegar, venha a ser corroído por esse mundo em preto e branco, que cansa meu coração. A vida é um tanto quanto carcará para com os que resolvem gozar dela. Minha cabeça finalmente está começando a voltar pra o lugar, apesar de não saber qual o lugar realmente em que ela deveria estar. Eu sei que com as idéias antigas já não é possível, e necessário é mudar, me reinventar, e se possível renascer.

Acho lindo que todos me mandam lutar pelo amor verdadeiro, não deixar ele escapar assim. Será realmente verdadeiro esse amor? Afinal não o estou deixando, ele está. O amor não se corrompe, assim como seus hospedeiros. O homem quando se constrói em virtudes, transforma todo sentimento guardado em si em virtudes também. A sinceridade é uma virtude, a fé é uma ação virtuosa, e principalmente a imaginação. O homem sem imaginação não é nada. Transformar suas imaginações e devaneios das duas da madrugada em realidade já pode ser um tanto quanto complicado. Se o homem deixa a imaginação crescer a ponto de viver dentro dela, digno de pena é. Felizes são os sonhadores, que deixam os sonhos serem uma realidade alternativa, e fazem o que podem com aquilo que tem.

Eu não sou um fake. Não sou um personagem de desenho animado que cai de um precipício, levanta e sai andando sorrindo. Eu sou tento ficar minhas idéias no chão, igualzinho aos meus pés, pra me dotar de toda humildade presente e conseguir dizer mensagens simples, recheadas de esperança, e verdade. Afinal de contas, amigo sabe ser rude, sabe ser grosso, saber ser sincero, sem necessariamente dizer o que o outro quer ouvir ou pensar. Eu percebi ainda a pouco que eu tenho uma amiga, e que por vez sou amigo também. Esses dias minha amiga verde, estava com umas caraminholas na cabeça, tentando justificar uma atitude ruim em cima de uma especulação. Eu fui alvo de algo assim, não desejo isso pra ninguém. Consegui evitar essa atitude irracional dela, plantei os pés dela no chão junto aos meus, e fiz ela olhar pra dentro de si, e vê se realmente valia a pena. Eles estão bem, e deixaram o futuro pra amanha, afinal eles só podem viver o presente. Portanto meus camaradas, em tudo só podemos pedir um ato de sinceridade. E nos acostumar a passar essa virtude adiante, afinal essa é uma das virtudes que solidificam a confiança que é um dos tripés da amizade. E essa por sua vez não sobrevive isolada de reciprocidade e bem querer. É de costume abrir o coração nessas linhas, hoje eu só deixo pra vocês um sorriso aberto de alguém que viveu mais um dia, e que sabe que amanha viverá outro, e depois outros tantos. É bom saber que sentem minha falta, que me querem perto, que me desejam força, e que ficarão do meu lado pras minhas decisões. É bom saber que eu estou aprendendo a me concertar por dentro.

Fica então, um abraço da sinceridade costumeira.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nota de aviso!


Durante muito tempo, eu escrevi sobre sentimentos bons e frustrações.
Eis o momento em que tudo isso acabou, me vi obrigado a pausar meus pensamentos, e me concentrar única e exclusivamente na Vendetta! ou se preferir na Vingança. Quando alguem machuca uma parte de mim, me corrói por dentro, e meus olhos não enxergam menos que a aniquilação. Não me interessa sua preguiça, seu transtorno bipolar, sua mania de perfeição ou suas chantagens! Eu vou lhe destruir, pedaço por pedaço eu vou esfarelar, e nem após a morte suas lembranças terão descanso. Eu vou lhe estudar, me doutorar em seus pensamentos, pois você é fraca, eu sou forte. O protocolo é obvio!

À vista, um humilde veterano vaudevilliano, apresentado vicariamente como ambos vítima e vilão pelas vicissitudes do Destino. Esta visagem, não mero verniz da vaidade, é ela vestígio da vox populi, agora vacante, vanescida, enquanto a voz vital da verossimilhança agora venera aquilo que uma vez vilificaram. Entretanto, esta valorosa visitação de uma antiga vexação, permanece vivificada, e há votado por vaporizar estes venais e virulentos verminados vanguardeiros vícios e favorecer a violentamente viciosa e voraciosa violação da volição. O único veredito é a vingança, uma vendeta, mantida votiva,não em vão, pelo valor e veracidade dos quais um dia deverão vindicar os vigilantes e os virtuosos.

Eu vou cobrar jovem, centavo por centavo, e farei você se arrepender do instante em que ousou pensar em levantar um dedo contra mim, eu sou seu apocalipse pessoal, e em minha frieza calcularei todos os seus passos! eu sou a vingança, e os passos que ela dá.

E assim, vesti minha vilania nua com trapos rasgados das sagradas escrituras, e me fiz de santo quando da verdade, era o demônio!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Só deve ser sacanagem...


Eu passo dias me lamentando, amuado pelos cantos com uma dor desgraçada no peito. E quando finalmente to conseguiindo me reerguer me levam justamente pra o ultimo lugar em que eu queria/deveria estar! issó só pode ser sacanagem!


A vida me ensinou a nunca desistir

Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir

Podem me tirar tudo que tenho

Só não podem me tirar as coisas boas

Que eu já fiz pra quem eu amo

(CBJr)


O que me resta realmente fazer é esperar esses 40 minutos desgraçados que estão se arrastando pra passar!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Talvez não faça diferença!...



....Mas Eu vou continuar somando forças com quem quiser somar , afinal é pra isso que eu estou aqui. O valor de uma amizade não se pode comprar. Eu tava conversando com tica sobre amizades, grandes amizades, amor e grandes amores. Ela me falou uma coisa engraçada que leu numa musica, enfim aqui está o trecho:

- - -
"Eu sempre achei que o amor, Que o grande amor, fosse incondicinal. Que quando duas pessoas se encontram, que quando esse grande encontro acontece, você pode trair, brochar, dar todas as porradas, se for um grande o amor, ele voltará triunfal. Sempre! Mas não, nenhum amor é incondicional.
Então acreditar na incondicionalidade do amor, é decididamente precipitar o fim do amor, porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo, e um amor não aguenta tudo, nada nesse vida é assim!
E aí você fala que esse amor não tem fim, para que o fim então comece. Um grande amor não é possível, talvez por isso seja grande. Então, assim, nele, obrigatoriamente, pode caber também o impossível. Mas quem acredita? Quem acredita no impossível, que não apaixonadamente?
Como a um deus, incondicionalmente."
- - -

A vida me ensinou que a gente nao pode tropeçar e desistir de andar, mas procurar evoluir através das provações. Sem dúvida, as perdas que eu sofri esse ano, foram pra testar o meu amor próprio, e o meu amor além. Eu hoje dou valor as pessoas que vieram pra somar amizade, e não pra testar. Porra é um pensamento foda, entrar numa amizade, ou em qualquer coisa que a gente queira fazer com o pensamento que não dá certo, não é pra acontecer, que a gente pode testar até onde o outro aguenta. Talvez isso tenha me moldado, eu era rocha, e hoje me encontro ainda quebrado, mas me recuperando. Agora eu sei o que fazer cara, é bom poder contar com novas pessoas. Eu me lembro de toda dor, frustração, e brigas que tive que vencer pra provar no que eu acreditava, e que podia funcionar. Eu estava lá também, do outro lado, do lado de quem corre atrás pra justificar, fazer funcionar as engrenagens. Hoje eu acordei um pouco mais em paz comigo mesmo, as lágrimas não me acompanham mais no dia a dia, e a minha percepção se expandiu de uma maneira que é dificil controlar a retina pra toda luz que chega nela. Eu não sei o que será daqui pra frente, ou como será daqui pra frente. Mas eu já nao tenho medo, serão dias de luta, e o medo não vai me cegar, me parar, me fazer recuar. Você deixou saudade. Mas se é pra ser assim, vai ser assim. Eles estão do meu lado, em linha reta a mim, segurando meu ombro e rindo, dizendo pra gente seguir pela areia, que a agua vai lamber nossos pés. Eles estão aqui, e eu não corro só. Eles acreditam em mim de verdade, porque sabem que eu estarei lá pra eles, no momento que eles precisarem, que eu não vou deixa-los cair, vou ser espada e escudo se preciso for. Eu vou ser o que eu sempre fui, eu nunca mudei, seus olhos que me percebem diferente. Vou levantar minha cabeça e andar assim que possivel for, mas até lá vou me contentando com versos simples, música na viola, minha cama.

Suave


O homem quando está em paz não quer guerra com ninguém!














Foste tu!
Assim se começa uma acusação!
Sem saberes se fui,
Se sou não o sendo, mas julgando
Somente por palavras escutadas
Com ecos de maldade…
Fui eu!
Fui?
Mais vale uma mentira azeda
Que uma verdade em prazo…
Fui eu!
Fui?
E menti nem falando?
E quem fala mentindo…é verdadeiro?
É! Assim parece…
Seja essa a tua verdade que a minha se mantém;
Inalterada, pura, sincera e magoada pela dúvida.
Não fui eu!
Não?
Fui! Disseste tu por palavras alheias que copiaste
De livros sem revisão, com erros e maldades de pensamento…
Fui eu?
Se o dizes…para quê contrariar as verdades alheias
Mesmo vestidas de calúnia e verdades falsas.
Magoa o desconhecimento, pensando que me conhecias,
Mas deixa…fica com a tua verdade, que a minha é minha
E não deixo que a corroam!
Não me justifico…não o merecem!
Fui eu?
Se achas…
A nossa verdade sempre foi mais verdadeira que a alheia,
Não é?
É assim que todos pensam, tu também, não é?
Também é verdade que o Sol gira à volta da Terra…Está escrito, foi dito!
Fica com a tua verdade que é tua, de quem ta revelou…
Eu fico com a minha mentira falsa.
A lógica da matemática da vida: não e não é verdade!
A verdade existe, a mentira cria-se! Fácil parto!
Fui eu...fui?

(João Falcão)


domingo, 12 de dezembro de 2010

Incógnita do Beijo!


Foi aquele beijo que me fez tremer do ínicio ao fim, quando eu estava naquela tarde chuvosa de quinta feira deitado, com ela ao lado, e todo resto, virou resto, e nada mais importava, e dali eu tirei a certeza que me acompanharia por meus dias: é amor!
Com essa introdução, eu me pergunto o que há no beijo que modifica a mente, mexe com o corpo e toma de assalto a alma, pra nos fazer ter essa certeza. O mundo muda, os momentos mudam pois o tempo passa, e a mente do homem em determinadas ocasiões muda também. Como reagir a essa mudança que traz beleza a vida. Certas vezes esperamos demais pra dizer o que pensamos, e perdemos o momento certo de dizer. Aquele silêncio que precede o beijo, por vezes permanecemos apenas em silêncio, o momento passa, e beijo não vem. Em outras ocasiões somos impulsivos demais, precipitados, colocamos o carro na frente dos bois, e nem sempre acontece o que esperamos. Há uns três dias atrás estava doente, e tomei remédios demais na esperança de passar a dor, conseguir dormir, esquecer, fechar os olhos pra quando abrir me sentir vivo de novo. A dor passou, eu dormi demais, fechei os olhos e quase não abri mais, e isso não me fez esquecer, pelo contrário, me fez lembrar pelo que eu estou aqui. Para dizer que se no beijo existe uma incógnita, ela deve permanecer assim. Sem ser descoberta, seria muito bom que esse mistério que há por trás do beijo fosse revelado, mas assim os amores seriam forjados e não expontâneos. Minha mente está vazia, e todo pensamento são como notas de um piano em uma música lenta. Eu lembro desde que me compreendi por gente passei a vida esperando por algo que viesse a me dar sentido. Eu achei que tinha vindo uma primeira vez, e me enganei. Fantasiei em meu peito, uma utopia de amor verdadeiro, e era mais uma fugacidade da juventude, as idealizações, os beijos, a espera por se ver, o amor impossível, e como todo jovem, a determinação em fazer o contrário do que se manda. Mas o beijo, o beijo era só um toque de duas bocas. E só.
Perdi o que não tinha, e mais uma vez voltei pra fila de espera. Esperando a minha vez, a minha segunda chance. Ela chegou, tardou, mas chegou. E eu a agarrei pois aquele beijo, exatamente aquele beijo, mudou tudo. Mudou a vida do jeito que eu conhecia, meu quarto não parecia um quarto de hotel que só estava de passagem, meu quarto virou um passaporte de espera, um pequeno mundo que se transformaria em uma casa no futuro. Meus olhos passaram a brilhar tanto quanto o sol, e eu comecei a me sentir bom o bastante para levantar da cama, e poder correr atrás dos meus sonhos, eu tive a gana de ser mais, conhecer mais, querer mais, e poder devolver tudo aquilo que me foi dado através daquele beijo. Eu busquei forças pra seguir adiante, fiz as escolhas mais dificeis de minha vida até agora, e aprendi a viver com elas. Aprendi que a distância desgasta as pessoas assim como os pneus. Me embrulhei com fita vermelha, e fiquei quadrado pra poder estar "presente". Não me arrependo das escolhas que fiz, o modo como eu vivi foi consequência daquilo que eu escolhi fazer, mas ainda assim as minhas opções abriram minha percepção, e eu conseguir ver que diante a majestosa cidade grande, tudo que eu queria era o que estava realmente guardado no interior. Longe de todas as aberrações e do caos que o mundo trazia consigo. Longe de toda falsidade, toda inveja, cobiça, mentiras, trapaças, rancor, e quaisquer sentimentos e gestos impuros que o mundo trouxesse em sua mala. Eu dei as costas a isso, abri os braços, e senti nas minhas costas esses açoites. Mas olhar pra meu interior, e rever, e sentir novamente aquele beijo, me motivou a aguentar firme. Eu convivi os meus dias com colegas que mais pareciam desconhecidos, e são desconhecidos. Apertei a mão daqueles que me detestam, fui humilde pra reconhecer meus erros, e saber a hora de falar e de ficar quieto. Me manti neutro pra proteger meu amigo, ficar nas sombras, e me expor para ele, dizendo: Não temos a necessidade disso, mas eu estou do seu lado. Mas todos nós temos, os nosso dias de lutas, dias de derrotas e dias de glória. Por mais forte que seja o cabra, sem chega uma hora em que ele vai dobrar os joelhos diante a um sentimento. E o meu momento chegou. Eu senti como se minhas veias tivessem bombeando todas as minhas lembranças boas, sentimentos bons pra longe, e não tivesse restado nada por dentro. Só o oco de uma mente sem lembranças, e o peso de um coração sem amor. As pessoas esbarram em mim no corredor da faculdade, eu perco o ônibus, eu perco os trabalhos, eu vou pras finais, eu não sinto fome, sede, cansaço. Meus olhos vidram em qualquer ponto distante e tornam-se imóveis, e parecem feitos de vidro fumê, quem os olha nao consegue me ver. E agora nem eu mesmo quero me enxergar.
O mundo nesses ultimos dias se tornou maior, mas ainda assim eu não o temo. Eu vi durante muito tempo os segredos que ele tentou esconder. Existem ladrões e vigaristas por todas as partes. Eu queria parar somente, descansar o peito em um lugar tranquilo onde eu pudesse ter um conforto. Eu estou sempre seguindo em frente, independente da direção que a vida aponte, tô sempre me molhando na tempestade, porque não desejo fugir dela, mas só por um instante, eu queria de volta o momento exato daquele beijo, onde não havia, nem chuva, nem o calor do sol, nem minha mãe me cobrando justificativas, nem the inglish course. Só havia aquele beijo, aquele instante, e todo resto era apenas o resto, e a gente se tocou do quão simples a vida pode ser. Eu sei da veracidade daquele momento, eu me manti fiel a ele, pois sei que aquele foi a calmaria que vem antes e pós a tempestade. O tempo mudou, as cabeças também, e hoje é a construção daquilo que não é continua, a mente virou maquinas e operários a todo vapor, e os prédios invisivels vão sendo erguidos, derrubando as casinhas que haviam no interior, eu tentei escapar, tentei correr disso, mas aparentemente já não fazia nenhuma diferença. Afinal, é tão mais facil acreditar nessa doce loucura que é a vida após a morte, e se esquecer de viver intensamente nessa, apenas atuando por medo do julgamento divino. Viver a vida como e com quem se gosta se tornou uma raridade. Eu queria amar, e ser argila dois pra um. Queria ser que nem duas lagostas no aquário, mas a agua secou, e eu permaneci só. Foda é saber que é puro, que não vai embora, que eu tenho que aprender a conviver com o bem querer, a alguem que já não está mais aqui. Foi borboleta que o ventou tirou pra dançar e nunca mais devolveu. Mas como dizia Bob Marley:

'Cause summer is here
I'm still waiting there
Winter is here
And I'm still waiting there

Like I said
It's been three years since
I'm knocking on your door
And I still can knock some more

I don't wanna wait in vain for your love
I don't wanna wait in vain for your love
I don't wanna wait in vain for your love
(I don't wanna wait in vain for your love)


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Não me amolengue não ...rs


Hoje foi um dia, excepcionalmente diferente. Diferente de toda diferença que eu estou acostumado a ver, ouvir e sentir. Passei o dia sentindo-me renegado da bioluminescência pela vontade divina. Tica passou o dia ao meu lado, e eu agradeço a Deus por isso. Os sonhos não cessam, os motivos se multiplicam dentro de minha cabeça, e o final de tudo é a mesma: acabou!
Foi tudo tão de repente, eu confesso: apesar do corpo estar preparado o coração e a mente não estavam. No fundo, eu sabia que uma hora chegaria a tempestade, e eu corri o máximo que pude pra preparar o barquinho para encara-la. Não consegui. Sério mesmo, há um tempo atrás tive uma conversa franca, olhos nos olhos, e lágrimas a baixo sobre o futuro, e o que pretendiamos pra ele. Então saímos dispostos a tentar, e eu dei tudo de mim, não posso falar pelos outros, por isso não posso considerar o "nós". Mas eu dei meu tempo, minhas forças, meus melhores sorrisos, os abraços mais apertados e acolhedores, a minha doçura, minha intimidade já a muito compartilhada. Me entreguei por completo, sem deixar nada na reserva. Não me arrependo em instante algum disso. Não me entenda mal, mas o fracasso não é uma bebida doce, e não me sinto um fracassado. Porém não me sinto o vencedor, até porque essa vitória cabia a um time, e neste estava faltando um jogador. Por isso querer o que não depende de nós é pedir pra sofrer dobrado.
Porém a gente sempre tem uma escolha, e é uma pena que raramente acertamos nas nossas.
Mas nesse momento eu estou aqui pra compartilhar um pouco de tudo que eu quero pra mim. Hoje recebi a noticia que estou em duas provas finais, das quais uma farei amanha. Dias vem, dias vão, e junto com minha motivação e força, perdi também a disposição pra levantar da cama. Porém amanha será diferente. Graças a Maria Bethânia. Faz um tempo que eu estou ouvindo "Mel" dela.

Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direta claridade do céu
E agarro o sol com a mão
É meio dia, é meia noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos
Feiticeira vamo-nos embora
É meio dia, é meia noite
Faz zum zum na testa
Na janela, na fresta da telha
Pela escada, pela porta
Pela estrada toda à fora
Anima de vida o seio da floresta
Amor empresta a praia deserta
Zumbe na orelha, concha do mar
Ó abelha boca de mel
Carmim, carnuda, vermelha
Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória.

Não importa a minha interpretação agora, importa que essa música me despertou pra o que até então eu não tinha atentado. O perdão e a benevolência, para comigo mesmo e para com os outros, que me fizeram mal, me magoaram, desapontaram, que me apontaram o dedo um dedo sem perceber que outros 4 voltavam em sua direção. Agora não é o momento de querer mal a ninguém, tica me ensinou e eu aprendi. O amor é um sentimento bom, e não merece ser trasnformado em magoa ou rancor, e muito menos ódio. Se não existe justificativa plausível para um fim, é porque o fim existe desde o começo. Tudo que eu quero agora é que o tempo passe, e durante esse tempo eu vou ocupar minha mente de coisas boas, e a certeza que eu tenho agora, ela só poderá ter (se tiver) no futuro.

abraços meu Favo de mel, obrigado por ler isso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fingir na hora rir

Hoje eu quis brincar de ter ciúme de você
Mas sem porque meu coração me avisou que não
Fingi na hora rir
Talvez por aqui estar tão longe de você pra te dizer

Aquilo que eu temia aconteceu ou foi só ilusão
Você manchou nós dois e desbotou a cor de um só coração
Ou anda sozinha, me esperando pra dizer coisas de amor

Pois eu, eu só penso em você
Já não sei mais porque
Em ti eu consigo encontrar
Um caminho, um motivo, um lugar
Pra eu poder repousar meu amor

Quantas horas mais vão me bater até você chegar?
Aqui meu lar deixou de ser aquilo que um dia eu construí
E eu fico sozinho, esperando pra trazer você para mim

Sofro por saber que não sou eu quem vai te convencer
Que cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer
E eu fico sozinho, esperando por você, meu bem-querer

Pois eu, eu só penso em você
Já não sei mais porque
Em ti eu consigo encontrar
Um caminho, um motivo, um lugar
Pra eu poder repousar meu amo

domingo, 5 de dezembro de 2010

Faça o que é certo e não tema a ninguém!


.(Retirado de o Fôlego).

Capitulo III - Faça o que é Certo!

Eu simplismente esperei, respirei fundo, e olhei pra baixo.
Ela estava lá, parada, imóvel com o dedo na
Campânia, acho que pensando se tocaria ou daria meia volta. Mas não, tinha de ser agora, ela estava confiante, certa de si. Veio com todos os argumentos pronta pra me desmontar. Esperando uma confissão, um erro, um simples vacilo meu. Esperando que eu confirmasse todas as suas suposições, teses, pensamentos errôneos depois de um dia de trabalho. Desci as escadas, abri o portão.
- sobe!
- não, eu estou bem aqui.
- então tá.
- então tadeu, olha só, eu te dei todas as chances pra você admitir.
- mas eu não tenho nada a admitir, você está me forçando a confessar algo que não existe.
- eu sei de tudo já, eu sinto isso.
- Eu queria saber se você está sentindo prazer com tudo isso! você só tem palpites. o dito pelo não dito. você não tem provas e muito menos bom senso. olha o tanto de tempo que você convive comigo, olha o que você está se permitindo pensar?! isso ultrapassa a linha do seu próprio respeito.
- Então prove que eu posso confiar em você! prove como eu posso confiar no que você diz!
- se você confiasse em mim eu não precisaria provar nada. você está me julgando sem crimes, seu 6° sentido tá dizendo várias coisas, você me disse que me conhece pelo meu olhar, e então eu te pergunto: ele me denuncia?? são só palavras vazias??
- não.
- Essa sua insensatez não tem motivos. Você tá regando espinhos esperando flores, mas são só espinhos, você não percebe que isso tá te magoando, me magoando também??
- eu não consigo mais confiar em você!
- o que eu fiz pra isso?? eu te omiti alguma coisa? eu menti pra você? te traí? lhe desejei mal? deixei de te fazer bem nos instantes em que estava perto??
- não, você não fez isso. mas isso parte de mim.
- então eu não posso fazer mais nada. Eu te amo, isso é a verdade mais pura que eu posso lhe mostrar, eu sou o seu amigo mais leal. porém sem confiança não existe amizade.
- eu sei, mas eu acho que podemos ser amigos no futuro.
- você só é minha amiga agora, porque no passado eu pude te fazer confiar em mim. o nosso presente a instantes atrás, a anos atrás era nosso futuro. veja só, ele chegou. Se no presente momento, você não confia em mim, o que te faz pensar que no futuro você confiará?
- eu não sei, eu não tenho certeza de nada. só que nesse momento eu não posso ficar próximo a você.
- você tá incerta quanto ao nosso futuro, mas tem a certeza que ele chegará. Eu posso não estar nele de jeito nenhum, ninguém sabe o que pode nos acontecer.
- Não vai nos acontecer nada demais, o tempo vai se encarregar de nos fazer esquecer, e essa dor vai passar.
- O tempo só passa, a dor some conforme o que fazemos enquanto ele passa. Você tá esperando eu ir embora pra perceber que eu te amo, ou que você me ama. Eu não posso insistir em algo que você não quer.
- Eu não quero mais me sentir assim. Desconfiada de tudo que você faz, dos seus atos, seus amigos, suas viagens, seus livros, telefonemas. Isso não é justo comigo, e se você não faz nada disso, não é justo com você também.
- Tem razão, só espero que ela seja suficiente para preencher o lugar que vai ficar vago agora, e eu sinceramente espero que você não esteja errada, que eu me mostre um ser totalmente desmerecedor da sua confiança, para que você não se arrependa, porque essa dor marca fundo.
- Eu também espero isso, e espero que no futuro você possa ser meu amigo de novo e me querer bem.
- Não me leve a mal, mas eu não sei se vou querer isso não.
- Eu acho que consigo entender.
- Então tá, se era só isso que você queria...
- Era sim. até...
- Adeus.
Ela se foi, não quis vê-la indo embora. Daniele significa muito pra mim, e abrir mão dela é a coisa mais dificil que eu já encarei até hoje. Tomei fôlego, segurei as lágrimas e a esperança de que tudo se resolvesse deu lugar a tristeza. Não deixei de ama-la, isso é querer renegar meu próprio eu. Eu não fiz uma promessa, mas é como se minha alma tivesse feito. O sentimento continua estocado em meu peito sem fragmentar. Como um iceberg que eu torço pra afundar por completo, mas que sempre vai ficar um ponta a mostra. O amor deu lugar ao vazio. Ele não morreu, não desaparesceu, eu sinceramente não sei que raios fazer como. Como aprender a conviver, querer me jogar em novos sentimentos e continuar com ele no peito?! Não tem como arrancar, como sufocar.
Eu vou levando do jeito que der, essa decepção foi um marco em minha história. As músicas conseguem refletir parte do todo. Eu tinha aprendido que a lealdade é o caminho mais curto entre dois corações. Será que eu peguei o atalho errado? Eu sinto que não há retorno, mas eu também não tenho forças pra modifiicar a estrada. A Dani não percebeu, que eu sou bem mais do que os olhos dela querem enchergar, ele pôs uma viseira, e não consegue perceber isso. Ela está me projetando de um jeito certo e todos ao nosso redor me enchergam errado, ou é o contrário?! Eu acreditava que ela me conhecia melhor do que eu mesmo, porém eu não sei mais.
Essa sensação é tão confusa que ela criou em mim um paradoxo: Como continuar leal a uma pessoa que não encherga isso? E como me motivar a ser leal a novas amizades, se com as velhas e mais lindas eu tive o fim que tive?
Estou tomando fôlego para o momento em que eu poderei dizer: acabou, finalmente acabou!
Mas esse momento vai demorar, hoje está doendo mais, os dias estão passando tão rápidos e ja estamos no verão, mas parece que foi ontem que ela tocou o portão. Estou tentando me manter sereno, estou tentando manter a fé. Mas a mesma lealdade que me dá paz ao coração é a que me deixa triste. Não posso afirmar o que será de mim, se re-existirá um nós, seu quero ou não, é tudo insôso. É tudo inodoro, incolor, irreal. Eu fecho os olhos e torço pra essa dor passar, e quando eu abrir ver que tudo isso não passou de um pesadelo. Mas até lá só me resta esperar que meu pulmão continue fazendo seu trabalho.


Mosaico musical

Posso dizer que sou agora um mosaico musical,

Um recorte de trechos desconexos:

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Rodox – Foi bom Esperar

Nada pra repor no lugar
Ninguém me vê assim
Descobre o que eu penso no olhar
Reviver o sonho que a gente teve aqui
Deu chance pro futuro
Te devolver pra mim

Foi bom esperar
Pra que pudesse enxergar
Que o que a gente leva no fim
É a verdade (...)

- - - -

Rodox – Inflexível

(...)Fecho os olhos que é pra ver se ainda existe
Alguma parte da engrenagem
Que quer cultivar ferrugem

Um pensamento bom derruba um dia triste
E eu tenho um pra você especial
Se eu pudesse voltar no tempo
Faria tudo igual

Se eu resistir, vou resgatar o tempo
Que eu não quis, viver em mim
Se eu conseguir, me consetar por dentro
Serei enfim, um homem livre

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Rodox – Quem tem coragem não finge

É preciso ter um tempo longe daqui
Tempo de ficar só
De andar na areia e sumir
O amor verdadeiro não reage assim
Pode fazer melhor
Esconde o medo e sorri

O que impede de andar pra frente
É a direção que escolheu
Se um abismo separa a gente
Quem fez a escavação não fui eu
Eu sei que gente que tem coragem não finge
Que nada disso aconteceu

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Reação em Cadeia – Quase Amor

(...) Não vá acreditar, não
Em tudo o que lhe falam por aí
Pois a mentira, um dia ela
Pode lhe ferir

Queria consertar, tudo o que aconteceu
Mas na verdade sei que este erro não foi meu
Eu destilei meu sangue em algo forte
Pra que eu pudesse me sentir melhor
Mas do contrário eu me senti pior
E usei deste artifício pra ocultar a dor
Por ter perdido um quase amor (...)

- - - - -

Maglore – Lápis de Carvão

Fiz a tua boca à lápis de carvão
Revivendo fantasias
Remoendo sensações

Rasguei as fotos só de um lado
a lado separando o que é meu
Quebrei aquele emoldurado
Velho que um dia você me deu

Vai se guiando pelo vento
Que eu sei me cuidar bem só
Vai disfarçando o sentimento
Até te dar um nó
E se for se arrepender
Guarde tudo pra você
Porque pra mim já acabou.


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Essas músicas em tese deveriam fazer a gente "superar" certas situações,
o problema é que essas coisas não são do dia pra noite, e são muito ruins da maneira que caminham.

A caixa de Isopor

Em uma rua estreita havia um mercadinho. No último corredor desse mercadinho, próximo aos utensilios domésticos havia uma caixa de isopor.

Era simples, apenas uma caixa de isopor, e estando ela entre tantas caixas térmicas de plástico e fibra, tinha se acostumado a idéia de que nunca saíria dali. Não conhecia seu potencial, julgava-se ineficiente já que nunca conseguiria provar o seu valor.

Certa vez, um transistante que passava pelo mercadinho, com pouco dinheiro resolveu comprar a caixa de isopor, para nos domingos de futebol e praia, poder curtir suas bebidas geladas em paz. Comprou, e retornou à sua casa feliz da vida, e a caixa de isopor que até então não sabia que havia nada além dos corredores do mercado, se viu diante do mundo.

A novidade era tamanha, e a primeira coisa que a caixa de isopor recebeu para se sentir ocupada foi gelo. Ela não sabia como ser diferente, e gelo era a única coisa que a ocupava, e ela fazia questão de preservar cada cristal congelado dentro de si. Em um segundo momento, a caixa de gelo recebeu garrafas e latinhas para guardar. Tamanhos e sabores diferentes, vindos da mesma pessoa. E era incrível como uma pessoa só motivava uma caixa de isopor, antes vazia a poder fazer o melhor em benefício de alguém que não ela. Porém a sede do rapaz era insaciável, e o abre e fecha da tampa era a maior dificuldade da caixa de isopor, que não conseguia trabalhar o suficiente para manter tudo gelado como gostava seu amigo.

As bebidas foram acabando pouco a pouco. O gelo foi derretendo, apesar do esforço da caixa de isopor. Sua importância foi diminuindo a medida que o rapaz colocava nela menos gelo e mais bebida. O rapaz começou então a pôr de lado a caixa de isopor, acusando-a de estar furada, desgastada ou impropérios do tipo. A caixa de isopor foi aceitando a nova condiçao, e agora tentava mais do que antes, provar que ainda podia saciar a sede de seu companheiro. E este achou uma solução mais viável: comprou uma geladeira mais espaçosa.

O isopor voltou a ser uma caixa vazia, em um quarto de bagunça no final do corredor de uma casa, em uma rua estreita, dessa vez com uma sensação incerta. Não a de vazio pelo vazio como antes, mas agora sentia-se vazio depois de ter sido completo.


(isaac silva - O fôlego)