quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O sábio e o ladrão!




A tarde era suave e amena. Um velho sábio, montando o moroso cavalo árabe, companheiro de muitos anos, saiu de casa e foi, pela estrada deserta, rumo à vila, para adquirir suprimentos.

De repente, ouviu um gemido, estacou, apeou pressuroso e foi descobrir o doente à beira do caminho.

Era, porém, um ladrão, que se levantou de um salto e rapidamente se apoderou do cavalo.

O sábio, com dor profunda no coração, segurou as rédeas, antes que o malfeitor escapasse, e disse, lentamente:

_ Sou velho, nada posso fazer para impedir-te de levar minha montaria. Pagaste o bem com o mal. Não importa. Dou-te o cavalo, com uma condição: não digas a ninguém o que fizeste.

E diante do olhar de incompreensão do assaltante, completou:

_ Por que amanhã poderá alguém cair à beira da estrada e, com receio de um assalto, ninguém descerá para prestar-lhe socorro!

_ Sua sabedoria e bondade me tocaram o coração. Vá em paz com o que lhe pertence, e que Deus me ajude a ser, doravante, um homem de bem, como o senhor!

O ladrão, envergonhado da má ação, apeou do cavalo e restitui-o ao sábio.

(Adaptado de uma página do Livro "Pérolas Literárias" de Antônio F. Rodrigues)

Fim do dia, paz de espiríto!

Acreditem amigos, nada, absolutamente nada compensa a sensação de paz de espiríto por fazer a coisa certa. Há alguns anos atrás, quando eu era primeiro ano, vivia os desvaneios da primeira relação. Onde tudo é romantizado, e o amor é algo Platônico, quase utópico. Tudo era tão dramatizado que os romances de William Shakespeare e Lord Byron, eram uma coisa clichê a ser lida. Enfim, acabou.
Assim, como fumaça se esvaindo entre meus dedos, acabou. E então me deixei levar pelo pensamento de que nunca mais seria feliz. E não via porque agir corretamente, queria me deixar fluir pela revolta de ter me dedicado, e ter sido ignorado. Então veio a banda de rock, o primeiro porre (sim, meu primeiro porre foi aos 15 anos), essa foi a fase em que as garotas eram a mesma coisa, logo não queria nada alem de "ficar" por "ficar", e a consequência disso era as broncas que eu levava de minha melhor amiga. E assim os dias passaram, formando meses e assim completando os anos.
A sensação de incompletude era algo que permanecia em mim, do momento em que eu acordava aos momentos eu que eu rolava na cama tentando matar a insônia. E nisso tudo só prestava o colégio. No terceiro ano, eu conheci o sentido da palavra Unicidade. Eu vi o que era um grupo unido, um coletivo formado em pró de um unico objetivo: Provar o quanto eramos Bons.
Nada além de pertubar nos interessava, e quando subestimados, nada além de provar que seriamos a sala com mais aprovados no vestibular. Nesse meio tempo, eu percebi que a sensação de incompletude era nula nos momentos em que eu passava com minha melhor amiga. Conversas, brincadeiras, tardes de estudo, ou de ócio supremo. E o tempo passou, o sentimento cresceu, a confusão em minha cabeça se criou devido a certeza no coração.

"Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor."

Aprovado no Vestibular, Orgulho da mãe, exemplo pra o irmão menor, Primeira faculdade, e depois de tanto tempo ao léu, namorando com a melhor amiga. E o destino que ainda não tinha chegado me fez temer pelo futuro. Sim, o futuro tornou o meu presente uma balança. De um lado permanecer com minha namorada, em curso que não gostava, até esperar o tempo desgastar o que podia ser construído ali. E do outro lado, cursar o que se quer, fazer o meu melhor, e arriscar perder alguém muito importante.

"Os miseráveis não têm outro Remédio a não ser a esperança."

Aprovado mais uma vez no Vestibular, mais uma vez orgulho da mãe e agora também do irmão menor. Morando em outra cidade, comecei a aprender como crescer. Adquiri aqui meu primeiro emprego, meu primeiro estágio, comecei a aprender o valor que o dinheiro tem, e que as pessoas no mundo não tem valor, pois não há dinheiro no mundo que compre um sorriso sincero. O namoro ficou turbulento, a distancia aguçava as dificuldades na comunicação. E não havia mais os olhos pra dizer aquilo que a boca emudecia. Veio o termino. E a tentativa de continuar junto sem as cobranças, e com isso mais um termino. E com isso a tentativa de mais uma vez tentar algo novo, de novo. E realmente aconteceu algo novo. Uma sensação amarga nunca provada antes.

A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial

Faltou-me isso. A consciência culpada. Fui dormir de mente lima e coração pesado, pelo peso de ter sido algo que não fui. Não desejo isso a ninguém, foi uma situação muito ruim, mas muito ruim mesmo. Amigos são amigos, independente da época, se apoiam, se sustentam, estão sempre juntos. Pois bem, minha melhor amiga, minha namorada, minha ex-namorada, fez algo que me magoou. Palavras doem quando ditas sem pensar, e algumas palavras só devem ser ditas depois de maturadas por muito tempo. A amizade é algo muito precioso pra ser atacada assim. Quem não conhece seu valor, talvez não seja digno de tê-la. Enfim, tu passou agora, só me restou mesmo a decepção, espero que com o tempo essa acabe também. Até lá eu me apego as coisas boas que eu já fiz as pessoas que me quiseram bem, e me agarro também as promessas que o moptop fez:

Mas não fique assim
Tudo vai mudar

Será bem melhor
Bem melhor
Dessa vez será bem melhor

(moptop -bem melhor)





segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O copo d‘água


Eu li essa mensagem em um outro blog, e achei bastante interessante, gostaria de compartilhar com vocês, que vez em outra pintam por aqui ;)


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d‘água e bebesse.
- "Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.
- "Ruim " disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
- "Beba um pouco dessa água".
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- "Qual é o gosto?"
- "Bom!" disse o rapaz
.- Você sente gosto do "sal" perguntou o Mestre?
- "Não" disse o jovem.

O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo.
Torne-se um lago...