terça-feira, 21 de junho de 2011

Tempestades em mim!


Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei...

Quando chegou carta, abri
Quando ouvi prince, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei...

Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei...

(Chico César - À primeira Vista) ....


Achei coveniente iniciar esse post com essa música. Ela é linda, e fala de um momento simples, no início de um sentimento simples. Porém é totalmente oposta a próposta do post. Eu pretendo falar das "tempestades" em mim. Há dias eu não consigo me entender, nem comigo, nem com os outros. Nem com Deus direito eu tenho falado. E isso é grave!

O termo tempestades em mim, advém de uma confusão sentimental, que termina afetando meu comportamento. Eu não estou sabendo ouvir, acho que cansei de ouvir, eu quero falar as verdades que eu acho que devem ser ditas. E com isso eu tô magoando muita gente.

Hoje eu fiquei sabendo de coisas que me deram muita raiva, e que deixaram-me profundamente magoado e receoso, de como o sentimento de perda alheio, pode motivar suposições angustiantes em relação a mim. A confiança que eu tinha em velhos conhecidos, perdida. A confiança que eu tinha em novos conhecidos, perdida. A confiança que eu tinha em antigos amigos, abalada. A confiança que eu tinha em novos amigos, destruída. Assim fica realmente dificil.

E no meio disso tudo, ela. Assistindo a tudo isso, sem entender nada. Participando disso tudo, zonza com isso tudo. Sem saber onde colocar o coração. No meio disso tudo esperando que um raio de sol aqueça o peito, e finde todas essas complicações que a mente cria. Se a voz da noite conseguisse unir-nos, nos tornar um, seriamos o melhor.

Eu tenho vontade de viver em paz, agora, pra ontem, sem esperar mais um minuto. E eu sei que ela é capaz de acalmar essa tempestade, assim como é ela quem cria essa chuva torrencial. Essas amarras impostas a ela terminam por me prender também, porque agora eu sinto que não posso ir a canto algum. E o meu canto fica retido no peito, deixando muda a garganta. Passarin que num vôa, porque num sente vontade. E assim vô pegando ar, puxando ar, inspirando o ar, e nada dele ir embora. O peito inflou que nem balão.

Ela num percebe que finda minha revolta, que com ela meus sorrisos vem ao rosto facilmente, é foda ela estar distante todo o tempo pra poder ver isso. E quando tem a chance parece fechar os olhos. Os seus ouvidos não estão atentos, ela esculta mas não ouve. E as outras vozes parecem ecoar mais na cabeça dela que a minha. E eu digo:

- Vêm embora comigo?! Larga tudo isso pra trás! faculdade, emprego, cansaço, mágoas, divergências, brigas, decepções, sonhos nao concluídos, e pessoas que lhe causaram tudo isso. Daqui pra frente, em qualquer parte, a qualquer hora, vai ser você e eu, unos em tudo, no canto, na voz, na alma.

Você é capaz de desfazer as tempestades em mim.

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