quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Não me amolengue não ...rs


Hoje foi um dia, excepcionalmente diferente. Diferente de toda diferença que eu estou acostumado a ver, ouvir e sentir. Passei o dia sentindo-me renegado da bioluminescência pela vontade divina. Tica passou o dia ao meu lado, e eu agradeço a Deus por isso. Os sonhos não cessam, os motivos se multiplicam dentro de minha cabeça, e o final de tudo é a mesma: acabou!
Foi tudo tão de repente, eu confesso: apesar do corpo estar preparado o coração e a mente não estavam. No fundo, eu sabia que uma hora chegaria a tempestade, e eu corri o máximo que pude pra preparar o barquinho para encara-la. Não consegui. Sério mesmo, há um tempo atrás tive uma conversa franca, olhos nos olhos, e lágrimas a baixo sobre o futuro, e o que pretendiamos pra ele. Então saímos dispostos a tentar, e eu dei tudo de mim, não posso falar pelos outros, por isso não posso considerar o "nós". Mas eu dei meu tempo, minhas forças, meus melhores sorrisos, os abraços mais apertados e acolhedores, a minha doçura, minha intimidade já a muito compartilhada. Me entreguei por completo, sem deixar nada na reserva. Não me arrependo em instante algum disso. Não me entenda mal, mas o fracasso não é uma bebida doce, e não me sinto um fracassado. Porém não me sinto o vencedor, até porque essa vitória cabia a um time, e neste estava faltando um jogador. Por isso querer o que não depende de nós é pedir pra sofrer dobrado.
Porém a gente sempre tem uma escolha, e é uma pena que raramente acertamos nas nossas.
Mas nesse momento eu estou aqui pra compartilhar um pouco de tudo que eu quero pra mim. Hoje recebi a noticia que estou em duas provas finais, das quais uma farei amanha. Dias vem, dias vão, e junto com minha motivação e força, perdi também a disposição pra levantar da cama. Porém amanha será diferente. Graças a Maria Bethânia. Faz um tempo que eu estou ouvindo "Mel" dela.

Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direta claridade do céu
E agarro o sol com a mão
É meio dia, é meia noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos
Feiticeira vamo-nos embora
É meio dia, é meia noite
Faz zum zum na testa
Na janela, na fresta da telha
Pela escada, pela porta
Pela estrada toda à fora
Anima de vida o seio da floresta
Amor empresta a praia deserta
Zumbe na orelha, concha do mar
Ó abelha boca de mel
Carmim, carnuda, vermelha
Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória.

Não importa a minha interpretação agora, importa que essa música me despertou pra o que até então eu não tinha atentado. O perdão e a benevolência, para comigo mesmo e para com os outros, que me fizeram mal, me magoaram, desapontaram, que me apontaram o dedo um dedo sem perceber que outros 4 voltavam em sua direção. Agora não é o momento de querer mal a ninguém, tica me ensinou e eu aprendi. O amor é um sentimento bom, e não merece ser trasnformado em magoa ou rancor, e muito menos ódio. Se não existe justificativa plausível para um fim, é porque o fim existe desde o começo. Tudo que eu quero agora é que o tempo passe, e durante esse tempo eu vou ocupar minha mente de coisas boas, e a certeza que eu tenho agora, ela só poderá ter (se tiver) no futuro.

abraços meu Favo de mel, obrigado por ler isso.

2 comentários:

  1. N0ssa Issac...

    nas belas palavras escritas pudem imaginar toda uma sintuação.....sera q eh por ter vivido algo parecido? ou simplesmente enttendir vc...


    ameiii de verdade...bjus s2

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  2. Ahhhh eu vou estar sempre com vc Preto!! ♥

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